quinta-feira, janeiro 20, 2005

A verdadeira Charlotte

Desenho preferido todos nós temos. Ou tínhamos. Mas não quero citar aqueles clássicos, unânimes e já comentados em vários posts e sites. Essa lista sempre começa com Caverna do Dragão e por aí vai.

O problema é que eu sempre tive uma lista de desenhos sombrios. Sombrios porque quase ninguém (pra não dizer ninguém) se lembra deles. Algumas vezes cheguei até a pensar que tudo fosse fruto da minha imaginação. Alguns tinham amigos imaginários. Eu poderia ter tido desenhos imaginários.

Uma dessas minhas pérolas da infância é "A menina e o porquinho". Desenho fofo, fofo demais. Foi através dele que comecei a entender um pouquinho da dor de se perder uma pessoa querida. Nesse caso, a pessoa era uma aranha. A Charlotte.

Chorei, chorei, chorei. Lembro que, quando assisti, doeu muito. Aquela dorzinha ardida, sabe? Levem em consideração que eu devia ter uns seis anos.

Hoje, li que será feito um remake do desenho. Mas, nesse caso, a aranha será uma pessoa. A Julia Roberts.

***

As outras duas incógnitas da minha infância são os Barbapapas e o Pumuckel.

A Família Barbapapa era toda colorida e molenga. Ganhei um disquinho ("inho" porque era daqueles compactos) do meu pai quando tinha uns três anos. Ou menos. O mais engraçado é que me lembro direitinho de uma cena da época. Eu, sentada no colo de uma amiga da minha mãe, cantando todas as músicas feliz da vida.

Já o Pumuckel era um menino doidinho, cabelo vermelho espetado e calça pula-brejo. Na verdade, era um filme e só o ruivinho era desenho. Ah, e a figurinha morava numa caixa de fósforos!

(Mas ainda tenho mais pena do Chaves, que morava num barril e dormia quase que de pé. Ninguém merece!)

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