Morei 25 anos num país onde a influência africana transborda. A cultura passa pela beira do copo e se derrama aos nossos olhos. A toda hora. O mais engracado é que, pela primeira vez na vida, olho o mapa da África com olhos de criança. País por país. Bandeira por bandeira. Línguas oficiais e moedas. A TV - sempre ligada porque sou viciada naquele barulhinho - mostra ainda mais. Está passando um programa sobre músicos africanos. Mais especificamente vozes da África do Sul misturadas ao som de tambores.
Sempre tive uma vontade imensa de ir para a África. Tá, mas daí você vai dizer que tenho vontade de ir pra Europa, Austrália... A única coisa que sei é que África também está na minha lista. E cada vez mais forte.
A lombriga começou há anos, tempo em que uma grande amiga me contava sobre sua infância em Angola. Depois, Luanda se aproximou um pouco mais do meu mundo. Cerca de cinco colegas jornalistas trocaram grandes emissoras brasileiras por produtoras africanas.
Hoje, a África está praticamente todos os dias comigo. No meu trabalho, conheci pessoas da Etiópia, Algéria e África do Sul. Filei dois sanduíches etíopes na semana passada. Senti um gostinho de canela* e nem preciso dizer que caí ainda mais de amores.
* Nunca faltam na minha cozinha: canela, pimenta jamaicana, noz moscada, mel, azeite, shoyo e sour cream. Em breve, quero aprender a usar mais gengibre, hortelã, manjericão, cogumelos e amor
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