sábado, abril 30, 2005

Vale a dor da volta

Revisitar o São Cristóvão, na amada Vila Madalena, e dormir com a garoa de São Paulo.

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Preciso contar tudo, ou quase, o que aconteceu nos últimos dias. A alegria da volta, o estranhamento, a letargia, o horror estampado na minha cara, lágrimas que caíram de saudade e outras por pura constatação. Aos poucos, saio do refúgio, volto ao blog. Passo horas navegando. Mas sem nenhuma vontade de escrever.

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Estava esperando completar um mês para voltar ao Divã. Ia me forçar a publicar algo aqui. Sim, porque, se é interessante contar sobre a vida em outro país, também o é detalhar a volta depois de um ano longe.

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Só que agora estou de férias. Enchendo o estômago com muita comida boa, curtindo meu quarto novo, aproveitando sem culpa os mimos dos pais e amigos e, melhor, voltando a amar esta cidade do cão.

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A tristeza bate de vez em quando. Mas não se pode ter tudo.

segunda-feira, abril 04, 2005

Já passou

Eu tinha feito um post para o dia primeiro de abril, mas o blogger resolveu dar pau na hora da publicação. Vou colocar aqui hoje, dia quatro, porque ainda está difícil encarar a verdade das circunstâncias.

* Já fiz meu primeiro milhão
* Estou voltando ao Brasil sem o coração partido
* Tomei três xícaras de café e comi quatro acarajés
* Estou baixando cinco músicas de pagode do grupo Sensação Brasil
* Larguei o cigarro
* Perdi as esperanças no amor
* Não vejo a hora de fazer reunião de pauta
* Odeio Toronto
* Não estou apaixonada
* Não quero ter filhos
* Não estou aflita pelo fato de voltar ao Brasil

sábado, abril 02, 2005

Foi dada a largada

Começou a temporada "Vamos enfiar o pé na jaca". Muitas despedidas.

sexta-feira, abril 01, 2005

Spots

Ontem, ouvi da Marta, enquanto ela narrava uma conversa dela com a Raqs: "a Dani já virou cidadã do mundo". Naquele segundo, esqueci a modéstia e gostei de como aquelas palavras soaram. Num segundo momento, me senti um pouco sem raiz.

Bom, o fato é que, nos últimos dias, falei com quatro criaturinhas da minha vida. Cada uma em um canto do mundo.

Na segunda, Maíra Padilha me ligou de manhã direto da Suíça (post abaixo). Na terça de manhã, liguei para a Camila no Brasil. Uma pena perder o aniversário da mehor amiga. Eu estava lá no dia nove do ano passado. E adoraria poder estar de novo esse ano. Como um ciclo que se fecha. Melhor dizer que se completa. Nada está terminado.

No mesmo dia, à tarde, recebi uma ligação mais do que especial: Dricão, direto de Seattle! Gritos e lágrimas. E mais divagações sobre nossa decisão de morar em outro país. E a tristeza de "perder/deixar" pessoas queridas.

À noite, conversa com direito a microfone e webcam com meu irmão, direto do Japão. E, pra finalizar, andando em downtown na noite maravihosa que fez ontem, peguei uma mensagem da Aninha, de Sidney, Austrália.

A raiz, no fim de tudo, está dentro da gente. E se define também pelas nossas amizades. Geografia? Báááá.