segunda-feira, janeiro 31, 2005

Tá tudo bem

O sol já está brilhando de novo por aqui. Negos, obrigada pelos recados. Pra quem não escreveu, mas mandou energia boa, obrigada também. Já tô sentindo o efeito.

Bola pra cima

Hillary Swank é fofa demais, povo. Acabei de vê-la dando entrevista para a Oprah (que, às vezes, mais parece uma Hebe anglo-parlante. Derrete-se em elogios, não pergunta nada de interessante e fica puxando o saco do entrevistado).

Bom, voltando à Hillary... Acabou de ser indicada novamente para o Oscar de melhor atriz por "Million Dollar Baby". Cresceu num trailler e se mudou com a mãe para Hollywood quando tinha 15 anos. Com quinze dólares no bolso. Como não tinham onde morar, dormiram noites e noites dentro do carro.

Hoje a menina está com tudo. Mas o que me chamou a atenção foi sua humildade. Deu pra ver com clareza como ela estava emocionada ao ver o trailler do filme. Ao contar como foi ganhar o primeiro Oscar (por Meninos não Choram). Como foi lutar para chegar até aqui.

Adoro gente que se emociona. E assumo que sou uma delas. Nos últimos anos, acho que tenho chorado mais do que quando era mais nova. Mas nunca chorei ao ver comercial de pasta de dente. Ainda chego lá! :)

sábado, janeiro 29, 2005

Só pode ser

Não é possível. Só pode ser uma nuvenzinha negra. Hoje, várias coisas deram errado. Acabei de chegar em casa e só consigo pensar que queria meus pais e verdadeiros amigos bem pertinho de mim. Um ombro, sabe?

Nessas horas, dá vontade de sair correndo, ir embora, não voltar nunca mais. É o preço que se paga por ter mudado de vida, agregado novos desafios e dar de cara com uma realidade que não é a sua. É o preço que se paga por tentar ser uma pessoa melhor.

Infelizmente, hoje, o meu mundo não é mais o mesmo. Não é mais aquele onde o maior desafio era a prova do dia seguinte ou o concurso de dança no final de semana. Hoje, preciso fazer piruetas. Piruetas para dar aquele jeitinho nos problemas cotidianos.

Estou aprendendo (se é que já não aprendi) que nem todas as pessoas são iguais. Nem todas te respeitam. Que nem todas sabem ouvir e pedir desculpas. Estou aprendendo que, às vezes, a gente precisa mandar tudo às favas.

Dei minha cara pra bater. Às vezes, ela é espancada. O preço é alto. Infelizmente.

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Hora de apagar a vela...

... tomar banho correndo (plano da banheira foi substituído por horas navegando), comprar uma garrafa de vinho e voar para Bloor Street. Hoje é a despedida dos franceses Audrey e Olivier. Um jantar para poucas pessoas. Comida francesa? Italiana? Mexicana? Não sei. Só sei que vou levar meu saleiro. Eles não são muito fãs de comidas com gosto.

Agora posso ficar mais tranqüila :P

Hahaha. Bob Esponja não é gay. É. Realmente precisava saber disso para continuar minha vidinha. E tem gente que perde tempo achando que ele tem um caso com o Patrick. Fala sério.

Olha o que eu descobri

Vocês, viu! Tereza Cândida, explique-se. Acabei de achar no Orkut a comunidade Eu morro de saudades da Noia. E foi criada há mais de vinte dias. E eu falei com a Tereza há dez minutos. E ela não falou nada. E eu tava aqui navegando como quem não quer nada. E eu só estava procurando a Elaine Aguillera no Orkut pra dar parabéns pelo aniversário.

E eu tô muito emocionada. Ainda mais com o que eu li. Ponto.

*suspiro*

Andanças

Ontem passei o dia curtindo um pouco da cidade. Resolvi usar meu pé, meu querido pé, que me aguenta o dia inteiro, ao invés de subir no streeetcar (bondinho). O sol brilhava tanto que era impossível enxergar um palmo a sua frente sem óculos escuros.

Pelas calçadas, pessoas se escondiam atrás de cachecóis, gorros e chapéus. Passei por um dos prédios da Universidade de Toronto (U of T) e olhei pra cima. Percebi quantas coisas lindas a gente perde na vida só pelo fato de não olharmos para cima. Já vi aquele prédio muitas vezes, mas nunca tinha reparado em sua arquitetura.

Depois, dei uma paradinha na piscina de lá. Além do delicioso cheiro de cloro (que me lembra tardes da minha infância na Beck Natação), um bafo quente para aquecer as mãos.

Segui para o sul e parei num restaurante chinês para comer. Sempre que vou nesses lugares, só como frango, arroz e vegetais. Nunca ouvi boas histórias sobre a carne utilizada nestes lugares orientais de Toronto (falo dos baratos, claro). Já me falaram sobre carne de gato, cachorro e por aí vai. Na dúvida, só como brócolis.

Falando em nojeiras chinesas, todas as carnes de Chinatown ficam numa vitrine que dá para a calçada. Lá, eles penduram pato, galinha, porco e uma coisa muito, muito nojenta que até hoje não descobri o que é. Já perguntei para meus amigos coreanos, japoneses e ninguém sabe. Um dia tiro foto e publico aqui para vocês. Mas tenham um saquinho de papel ao lado, ok?

***

Depois fui pro Kesington Market. Ai, como amo aquele lugar. Sabe quando você se delicia com todas as imagens que chegam até você? Numa esquina, lojinha de chocolates e café. Na outra, uma loja que só vende queijo e que tem uma caixa de som na calçada tocando blues. Lojinhas com um monte de tomates frescos, cogumelos e temperinhos. Brechós e mais brechós. Saí de lá com um monte de incensos novos, grampos pro cabelo, uma faixa para cobrir a orelha e um isqueiro. :)

O mais legal deste lugar onde compro incensos é que todos os cheiros são meio temáticos. "Água da chuva", "cheiro de grama", "romance", "talco de bebê"... São 30 sticks por três dólares. Uma pechincha. Agora, me dêem licença. Vou acender um "Chanel número 5" e encher a banheira pra me sentir uma Marylin... japa.

Depois da balada

Dou muito valor pra gente que liga no dia seguinte pra saber se você chegou bem em casa.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Você tem um blog?

Hei, se você passou aqui, tem um blog e não tem vergonha de publicá-lo, pura coincidência: vou arrumar o menu do Divã a partir de hoje*.

Hei, se você passou aqui, tem um blog, mas tem vergonha de publicá-lo - ou de tê-lo associado ao Divã :P -, passe para o próximo post.

* Quer me mandar um email? Pode ser blog, fotoblog e post-its.

Pegue receitas por zero real

Achei este link. Tem algumas das receitas apresentadas no programa citado no post abaixo. Na faixa, "zééééro real". Mas é em "ingrês".

Aproveitando a deixa, que tal uma passadinha aqui também? Outro da lista dos meus favoritos.

Aliás, por que não temos um canal só de culinária no Brasil? Por que esses programas são considerados de "segunda linha" em nosso país? Aqui, eles movimentam rios de dinheiro e de telespectadores.

Pra quem gosta de cozinha... e de comida da boa

Clique na foto para saber mais
Everyday Italian: 125 Simple and Delicious Recipes



Tô assistindo a este programa, Everyday Italian. Ele está na lista dos meus favoritos do Food Network Canada. Neste exato momento, ela vai ensinar a fazer Ravióli de Abóbora. Putz, deu fome de novo.

Além da apresentadora (Giada de Laurentiis) ser linda, a cozinha é linda, as panelas são lindas, os utensílios são lindos. Ai, e às vezes ela vai pegar alguns temperos direto na floreira... Ui, ui. Este é o cenário exato de uma das cenas do filme "Quando eu crescer". Tô falando do filme da minha vida mesmo.

E, toda vez que ela experimenta a comida, dá vontade de saltar pra dentro da TV. Mais especificamente, pra dentro da panela.

Ps: As receitas sempre parecem tão fáceis na TV...
Ps2: Nunca considerei o meu apê em Toronto a minha casa. Por isso meu ideal de cozinha ainda não saiu do mundo das idéias.

Estica daqui, repuxa dali

Hoje fiz minha primeira aula de Pilates. Sempre morri de vontade de experimentar, mas os preços eram absurdos em São Paulo. O que mais me chamava a atenção era o fato de ser uma aula inspirada em passos de ballet.

Acordei 9h15. A aula começava às 10h. Saí correndo, peguei o metrô e entrei no vestiário às 9h50. Já na sala, à meia-luz, só tinha uma aluna com menos de 50 anos: eu.

Cada um pegou seu colchãozinho (aquele de fazer ioga) e se espalhou pelo chão. Inspira, expira, respira, estira. Dói aqui, puxa ali, estala lá, cãimbra acolá.

No final da aula, a professora veio me perguntar se me conhecia de algum lugar. Disse que eu parecia uma bailarina que ela havia conhecido. Contei que havia dançado no Brasil, mas que estava parada há seis, sete anos. Ela disse que parou há oito e que esta menina, a qual ela se referia, também era brasileira, mas dançava em Toronto há algum tempo.

Gostei. Me senti em casa... de novo. Quando a aula acabou e me vi finalmente sozinha na sala - e com aquele espelho gigante, comecei a refazer sequências de passos que praticava há sete anos. E, pela primeira vez na minha vida, consegui fazer quatro piruetas seguidas. Assim, sem nenhuma pretensão.

Na verdade, acho tudo na vida acontece assim. Tudo que tem a obrigação de acontecer, a gana de aparecer e o peso de ser realizado tem mais chances de falhar. Pressão demais, energia demais. Tudo que é feito sem cobrança, com alma e sem grandes pretensões, flui. E com leveza, como um simples passo de ballet.

Nada melhor...

... do que quase perder a orelha e, ao chegar em casa, ser recebida com um clima morninho e com o sol iluminando todos os cômodos.

Eu tinha ficado assustada com esta história de que muitos canadenses não têm a pontinha da orelha e dos dedos. O pior é que é verdade. Tudo isso por causa do frio. Hoje, no desespero, comprei uma faixa para cobrir as minhas pontinhas. E por causa do piercing, perder orelha, pra mim, também é prejuízo no bolso.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Só...

... preciso dizer o que estou ouvindo antes de fechar a tela e ir trabalhar. Chiamami Adesso com Jane Birkin, do CD Rendez-vous. Quem se lembra da famosa música "Je T'aime Moi Non Plus" com Serge Gainsbourg? Aquela voz provocante. Aliás, voltei a ouvi-la na casa dos meus amigos franceses há alguns meses. Curiosa, fui procurar mais sobre a Jane.

E, pra quem achava aquela música sexy, sexy demais, saiba que existe outra ainda mais quente. O nome? Soixante-neuf*. Não preciso dizer mais nada. Fui.

* 69 em francês

Eu, Abreu e os brasileiros

Muitas despedidas. Ontem, fui a um pub dar tchau para mais dois conhecidos. O mais engraçado é que o bar, canadense, mais parecia uma balada da Vila Madalena.

Depois de enfrentar uma chuvinha de neve (será que posso chamar assim?), pular montanhas de gelo e atolar a bota em poças de água suja, cheguei ao Peel Pub, na King Street. Lá de fora, ouço uma música conhecida. Coloco a cabeça na janelinha e vejo cinco garotas cantando "Garota de Ipanema"... em português. Todo, tooooodo o povo do bar era brasileiro. Não conseguia parar de rir. Aqui, não estou muito acostumada a ir a baladas com uma multidão de gente falando português.

O pior da noite: garotos babacas que sabem que você é brasileira e insistem em falar inglês
O melhor da noite: "Dani, onde você estava quando eu ainda estava sóbrio?"

Hoje o Abreu (Abreeeeeeu) me ligou. Tristinho porque as pessoas estão indo embora. Disse que vai passar no Sammy (onde trabalho) hoje à noite. A vida aqui é assim: "tem gente que chega pra ficar, tem gente que vai pra nunca mais, tem gente que vem e quer voltar, tem gente que vai e quer ficar, tem gente que veio só olhar, tem gente a sorrir e a chorar..." (Encontros e Despedidas - Milton Nascimento e Fernando Brandt).

No som: Dani Siciliano cantando Come as you are

Aniversários


Feliz aniversário para os dois aquarianos mais gente boa do planeta: Sil (ex-cunhadinha, na foto acima) e Hilton Jr. Ele dispensa apresentações. Basta ler os posts abaixo. Saudades dos dois.

***

Ah, a Sil está solteiríssima. Interessados mandem email para dnoyori@yahoo.ca, hahaha.

(antes que pensem que isso virou agência de casamentos, foi só uma brincadeira)

No som: Ain't no Mountain High Enough com Marvin Gaye e Diana Ross  Posted by Hello

Sou compulsiva por...

... Nutella
... óculos escuros
... roupa
... internet
... livros
... velas
... limpeza
... incenso
... uma cama confortável
... sol
... neve

Agora, depois dos 25, fiquei compulsiva por CDs. Pasmem. Nunca gastei muito com isso. Sempre preferi torrar em livros... e em roupas. Meu ex-ex-namorado sempre ficava horas fuçando todos os lançamentos, os CDs desejados e afins enquanto eu ficava viajando em qual seria a próxima história que eu iria degustar.

No quesito música, nunca fui muito boa não. Não lembro nome de cantores e músicos, não sei a história que levou tal cantor a fazer aquela música, aliás, nunca tinha ouvido falar em George Benson, Chaka Kan e Earth, Wind & Fire quando era mais nova. Não cresci no meio de LPs de grandes nomes da música brasileira. Meu pai não ouvia blues nem jazz. Minha mãe nunca deve ter cantado na vida (nem em karioke).

Mas sempre tive bons amigos - e namorados - entendidos da coisa. Camila, Tadeu, Carolina, Jair, Rodrigo, Tereza. Todos, todos são viciados em música e alguns deles vivem disso. Tive muita sorte, muitas aulas e também muita tiração de sarro porque eu nunca tinha ouvido falar deste ou daquele músico. E também tive muita informação. Peneirei algumas, não gostei de outras e, aos poucos, fui formando minha identidade musical (ai, isso ficou sério demais para o que eu queria dize. Está parecendo tese de mestrado!). O problema é que não me apego a nomes e normas. Não decoro histórias. Só sinto. Se me toca, eu toco.

Tudo isso foi pra dizer que, a partir de hoje, todo post terá uma música de fundo – sempre estou ouvindo uma quando escrevo (nem isso eu conseguia fazer há alguns anos. Me desconcentrava). Sempre que eu puder – e tiver tempo – vou deixar um link relacionado, ok? Se você estiver ouvindo algo que queira compartilhar, terei o maior prazer em colocá-lo na minha listinha de amigos-professores.

Ah, tô aqui ouvindo Etta James. CD Life, Love & the Blues.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Sai uruca!

Vixe, a área de comments do Haloscan não está funcionando. O blog de uma amiga não carrega a página. O testemunho de seis parágrafos que mandei pro meu irmão pelo Orkut não chegou. Será o fim de uma era?

***

Hoje entendi por que uma colega me criticava há alguns anos. Sua frase mais comum era: "ai, Dani, você nunca consegue se colocar no lugar dos outros". Hoje senti isso na própria pele. É fácil viver no seu mundo e não se importar se a outra pessoa (eu) trabalha até as 3h da manhã... Pena que não consegui me explicar direito e acabei exagerando na dose.

Lição número 2: me coloquei na pele da outra pessoa e sei que tudo foi feito com boas, aliás, ótimas intenções.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Branca, branca

Dia de lua cheia. Acabei de vê-la bem braquinha pela janela do meu quarto. Por aqui, a neve deu uma trégua. Continua bem frio, claro.

Hoje não consegui ir à academia. Mas me dêem um desconto: era domingo e eu fiz 100 abdominais... assistindo ao E! True Hollywood Story sobre a vida da Pamela Anderson. Trash total. As dores que eu estava sentindo não eram nada perto da péssima qualidade do programa. E por isso, só por isso (ai, como sou mentirosa), não mudei de canal.

A verdade:
Morro de curiosidade de ver a vida de quem se casou com músicos (musicistas) e afins. Detalhe: quase nunca fico satisfeita com o que vejo...

domingo, janeiro 23, 2005

Dormir feliz

Ai shiteru, Hilton Junior.

Ai, que bom que você ligou

Meu irmão vai me ligar daqui alguns minutos... direto do Japão. Não, ainda não posso prever o futuro. Na verdade, ele me telefonou quinze minutos atrás, mas eu estava saindo do restaurante, vencendo a neve até chegar ao carro e rezando para o veículo não patinar. Patinou, deslizou, escorregou e quase rodopiou. Mas eu estou aqui, vivinha da silva e com um sorrisão enorme esperando pelo mano.

sábado, janeiro 22, 2005

Amanhã é dia

Se estava tudo bem até algumas horas atrás, agora, tô quase desligando...de sono. Na última noite, dormi menos que o normal - mas também acordei mais empolgada que o normal. Vou testar a tática novamente. Aqui passam das três da manhã e, neste sábado, estarei de pé às 9h. Por um bom motivo: primeiro dia de academia.

Eu já tinha desistido desta vida. Não suporto aqueles aparelhos rodeados de espelhos e você lá, sozinha, fazendo força que nem uma camela. Mas, desta vez, será diferente (ai, tive a leve impressão que disse a mesma coisa nas 257 vezes em que me enfiei na malhação): posso fazer as aulas de Pilates e Ioga sem ter de pagar separadamente.

Fiz a inscrição hoje à tarde e, depois, fiquei andando, zanzando. Gente, é linda de viver. Fiquei impressionada quando vi que o vestiário tem uma jacuzzi e um lounge (só faltaram os eunucos).

O único probleminha - porque nada é perfeito - é que eles não fazem nenhum exame pra checar seu condicionamento físico e saúde como um todo. E, pelo o que eu fiquei sabendo, isso acontece em quase todas as academias daqui. Você preenche um formulário e só. Além de ser perigoso - "a nível de pobremas de corassão" -, chega a ser nojento. Vou voltar a nadar, mas não estou muito satisfeita com a idéia de ter colegas de piscina com o pé cheio de frieiras.

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Tudo bem, tudo ótimo

Acordei como se nada tivesse acontecido. Como se, ontem, tivesse sido mais um dia comum. Nem um pingo de dor de cabeça. Nada, nadica de nada. Um pouquinho de sede, mas isso é básico. Pra ajudar, o sol está brilhando num céu azul turquesa.

Pra ajudar ainda mais encontrei um amigo com o qual não falava há tempos. O Bruninho Ruffo acabou de voltar de Londres, onde morou por dois anos. Na verdade foi um encontro virtual. Ele em Sampa e eu aqui. Depois do virtual, foi o telefônico. Nada substitui a alegria de ouvir as risadas de um amigo querido.

Pois é...

... é isso aí, negos. Acabei de chegar de um after hours e não tenho a mínima capacidade de escrever. Despedida é assim... catando as letras no teclado, rezando para não ter ressaca amanhã. Aliás, alguém tem alguma boa receita?

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Rasta, gelo e party

Acabou de começar um filme com a Meg Ryan. Comédia romântica, claro. Ótima pedida numa noite de 23 graus negativos (isso sem contar quando o vento bate).

*sigh*

Só que é melhor eu tirar minha bunda da cama e ir secar o cabelo. Tenho uma festa de aniversário daqui uma hora. E, na atual situação climática, sair com o cabelo molhado significa voltar pra casa sem um único fio...

Ps: O cabelo congela e quebra ao meio. Na melhor das hipóteses você adquire rastas de gelo. :)

Eita! Bizuuuuu 2

Acabei de voltar no Terra pra ler a matéria do post anterior e o "olho" desapareceu. Sobraram as "asas" e os "insetos". Bem melhor.

Eba. Isso prova que eu não estou doida (ainda).

Bizuuuuuu

Não sei se a culpa é minha (por um instante tive a sensação de que não conseguia mais ler em português) ou se o título é muito confuso: Zoomp cria roupas de olho em insetos. Cliquei pra ver se entendia melhor e encontrei: Zoomp cria roupas de olho em asas de insetos. Olho, asa, inseto. Ui, pifei. Demorei uns dez segundos pra entender a construção. Aqui no Terra.

A verdadeira Charlotte

Desenho preferido todos nós temos. Ou tínhamos. Mas não quero citar aqueles clássicos, unânimes e já comentados em vários posts e sites. Essa lista sempre começa com Caverna do Dragão e por aí vai.

O problema é que eu sempre tive uma lista de desenhos sombrios. Sombrios porque quase ninguém (pra não dizer ninguém) se lembra deles. Algumas vezes cheguei até a pensar que tudo fosse fruto da minha imaginação. Alguns tinham amigos imaginários. Eu poderia ter tido desenhos imaginários.

Uma dessas minhas pérolas da infância é "A menina e o porquinho". Desenho fofo, fofo demais. Foi através dele que comecei a entender um pouquinho da dor de se perder uma pessoa querida. Nesse caso, a pessoa era uma aranha. A Charlotte.

Chorei, chorei, chorei. Lembro que, quando assisti, doeu muito. Aquela dorzinha ardida, sabe? Levem em consideração que eu devia ter uns seis anos.

Hoje, li que será feito um remake do desenho. Mas, nesse caso, a aranha será uma pessoa. A Julia Roberts.

***

As outras duas incógnitas da minha infância são os Barbapapas e o Pumuckel.

A Família Barbapapa era toda colorida e molenga. Ganhei um disquinho ("inho" porque era daqueles compactos) do meu pai quando tinha uns três anos. Ou menos. O mais engraçado é que me lembro direitinho de uma cena da época. Eu, sentada no colo de uma amiga da minha mãe, cantando todas as músicas feliz da vida.

Já o Pumuckel era um menino doidinho, cabelo vermelho espetado e calça pula-brejo. Na verdade, era um filme e só o ruivinho era desenho. Ah, e a figurinha morava numa caixa de fósforos!

(Mas ainda tenho mais pena do Chaves, que morava num barril e dormia quase que de pé. Ninguém merece!)

Acorda Daniela!

Pensando bem, hoje é dia de limpar o quarto, organizar o closet e as idéias.

Ah, e dobrar a pilha de roupa que foi lavada ontem. A cesta continua ali, parada, olhando pra mim. :P

Ontem foi dia de...

... abrir o olho às 8h e ver, pela janela, uma tempestade de neve. Não eram floquinhos não. Pareciam bolas de sorvete da Baskin-Robbins!
... tomar café com amigo e, claro, falar muita besteira
... comprar sapato novo. Ah, e já que estava lá, passar a mão numa bolsa também
... sair do metrô em direção a meu apê e ficar triste por não ter mais motivo pra gastar dindim no cyber
... ouvir "egô sagapô polí" (eu amo você) do cliente grego mais chato, mais ranzinza, mais velho e mais múmia do restaurante
... cólica mensal, se é que você me entende
... sentir vontade de ir pra Grécia depois de ver várias fotos de um grego que desembarcou ontem em Toronto. Só gente bonita, bronzeada e bêbada
... dar uma espiada na audiência do blog e constatar que ele bateu o recorde de visitas nesta quarta!

Então tá decidido: hoje é dia de festa.

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Tá grande, eu sei

Tentei publicar o post anterior numa outra página e, daqui, linkar pra lá. Daí, não assustava tanto. :)

***

Em tempo: tanto não tenho aversão a casamentos que posso dizer que esta idéia (sempre junto com muito sentimento, claro) está cada vez mais próxima. Eu sinto, aqui no fundinho.
Ps: Esse "sempre com muito sentimento" tá muito Fábio Junior, né?

***

Mas, já que estou solteirinha da Silva, hora de dormir para descansar a preciosa cútis. Amanhã é dia de tomar café no Baroli e alimentar a visão.

Idade do "vai ou racha"

Não sei o que acontece, mas parece que muita gente ainda vive no século passado. Os anos passam, informações chegam e essa gente pára no tempo. Ou pior, dada as circunstâncias, eu diria que elas estão em marcha-ré.

Minha mãe chegou com o seguinte papo há mais ou menos um ano:

"Daniela, a Ângela está superpreocupada com a filha dela. A melhor amiga da menina vai se casar e a Ângela não quer nem contar pra garota porque tem medo de como ela irá reagir..."
"Por que, mãe? Ela tem medo de ‘perder’ a amiga ou algo assim?"
"Pior ainda. Disse que a filha não vai se conformar de ver a Juliana se casar antes dela!"

Outra passagem célebre da vida da mesma guria. Traída pelo primeiro namorado e comendo o pão que o diabo amassou com o atual (ela acha que está sendo traída de novo), eis que solta a seguinte frase: "Por que isso acontece comigo? Já é a segunda vez! Só falta ele não querer mais se casar. E eu sempre faço tudo certinho...".

A menina em questão tinha 25 anos na época. No alto da juventude e preocupada porque ainda não “tinha arrumado casório”, como diriam aquelas famílias antigas do interior. Agora me falem, que mundo é esse? Cadê o senhor de engenho na história? É claro que eu caí na gargalhada e minha mãe, séria, tentava me explicar que “na casa deles era assim mesmo”.

Meses depois, quando uma conhecida minha anunciou que estava noiva, pude constatar com meus próprios olhos, ou melhor, ouvidos, que uma das culpadas pela atormentada cabecinha desta menina aí em cima era a própria mãe. Além de colocar minhoca na cabeça da filha, veio com a estratégia pra cima de moi.

"Dani, você viu???? A Marcela está noiva! Nossa, sua amiga vai casarrrr!" (frase embalada por um sorrisinho)
"Juraaaaaaa, Ângela? Pois é... talvez isso até me inspire porque, se depender de mim, esse dia está bem longe" (frase embalada com uma careta de nojo)

Bom, nem preciso dizer que não houve mais diálogo a partir daí. Ela saiu quietinha, frustrada por não ter conseguido arrancar de mim aquele sentimento de inveja de uma garota desesperada em subir ao altar.

Eu juro, juro que não entendo essas coisas. Sei que entre os 20 e 30 anos o índice de casamentos é alto. Isso é visível. Chega a ser até palpável. Mas prefiro acreditar que é porque estamos mais maduros, mais estabilizados profissionalmente e que achamos um grande amor e, pum, bateu! Infelizmente, toda minha teoria cai por terra quando vejo histórias como essa aí de cima. Ou quando, navegando pelo Orkut, encontro a seguinte declaração: "Pois é, eu tô me acostumando a ser madrinha das minhas amigas. Sabe como é, estamos naquela idade que ou vai ou racha....". Vai ou racha?!

Isso me faz lembrar uma conversa, anos atrás, sobre o sinônimo de status no decorrer de nossas vidas. Aos cinco anos, você tinha status se conseguisse atravessar o trepa-trepa sem cair no chão durante a travessia. Aos 9, você teria status se fosse nadar na piscina funda enquanto todos os seus coleguinhas ficavam naquele tanque sem graça, raso e morno. Aos 12, status era sinônimo de beijo de língua. Depois de passar a adolescência ouvindo aquela amiga chata da sua mãe perguntar se você tem namorado, agora precisamos agüentar outra encheção: "e você? Já casou?". Status, agora, é ter aliança na mão esquerda. Ah, e morar com o namorado não vale, viu? É transgressão demais para tais padrões.

Acho que casamento, para algumas mentes brilhantes (olha a ironia aí, gente), é papelada com deadline. Chego até a ter a impressão de que já estou velha pra caracas, que não tenho mais perspectiva de vida e que só posso casar até os 30. Que preciso arranjar alguém rapidinho, assim, que nem açougue mesmo, porque já tô na zona de perigo. O problema é que, enquanto pra mim é só impressão, vejo gente levando essa teoria a ferro e fogo. Mais ferro, porque nenhum fogo sobrevive a namoros com deadline.

Eu nunca, nunca tive muita vontade de me casar no papel. Sabe aquela festa para mil convidados dos quais você não conhece nem a metade? Até os faria pelo meu pai. Única filha, sabe como é. Juntar os trapos sempre teve mais a ver com os meus planos. Dividir a pia, a cama e a toalha de rosto por um bom tempo antes de colocar nossas preciosas assinaturas em papéis burocráticos. Mas não me entendam mal. Não sou contra casamentos. Sou contra pessoas que se casam porque "está na hora de se casar". O problema é que o único fator determinante, nestes casos, é a idade. E só.

Tenho só uma amiga casada (falo das amigas mais próximas). Ainda estávamos na facu quando, de repente, veio a notícia de que a Carolzinha – a caçulinha da turma do colégio – estava indo pro altar. Fiquei abobada. Na época, até achei meio precoce (a gente ainda estava na faculdade, pô!), mas, pra quem conhece a Carolzinha, precocidade sempre foi seu apelido. Chorei que nem criança na cerimônia (e assumo que comecei a gostar mais da idéia depois disso).

Todas as outras continuam sem O anel. Algumas namoram, outras moram junto, outras estão noivas e outras ainda estão a procura de alguém que as faça subir pelas paredes.

Torço muito pela felicidade de todas – e pela minha também. Mas tenho a certeza de que prefiro mil vezes passar a vida solteira no papel do que casar por casar. Pompa, festa e tititi não são base para nenhum casamento. É preciso muito mais.

E é uma pena se, na cabecinha de alguns, mulheres e homens de 25 pra cima estão quase rachando. Ter status, pra mim, é estar junto por tesão, paixão, partilha e amor. Ou, então, ficar pra titia e ser uma solteirona feliz. Por que não?

terça-feira, janeiro 18, 2005

O velho e bom hotmail

Parece sogra. Todo mundo reclama, mas não dá pra mudar. No caso da sogra, implica em abrir mão do melhor: o filho dela. No caso do hotmail, implica em dor de cabeça. Pessoas que não têm seu segundo email, msn, mensagens guardadas há séculos e que você jura que vai responder.

Bom, ontem, mudei a capacidade do Hotmail de 2mb pra 250mb. E não perdi nenhum email guardado. Quer saber como? Clique aqui.

Assim não vale

Peço pra vocês comentarem e o Blogger, do nada, dá pau?! Fala sério.

***

Assistir a Mulheres Apaixonadas em Toronto ainda vai. Mas ver a propaganda da Salsicharia Pavão já é pedir demais.

***

A mulher do tempo adverte: menos triiinta graus por aqui.

Pô, meu!

Vou pedir mais uma vez com educação: deixem comentários, caracas! Nem que seja pra desejar um feliz 2005... :)

Enquanto lavo a roupa...

...adivinhem o que estou vendo? Mulheres apaixonadas! A Omni Television tem programas em português, italiano, espanhol. Ou seja, é uma emissora com a cara de Toronto.

Sobre a novela, é claro que vocês se lembram do gostoso do Diego, da louca da Heloísa e da breaca da Santana.

Ô, Santoro... acabou de dar um agarrão na Paloma Duarte. E eu, almoçando, quase engasguei só de ver a pegada do moço.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Caos é dinheiro

A maioria dos profissionais americanos que recebe US$ 75 mil ou mais por ano trabalha em mesas bagunçadas. 2/3 dos que ganham US$ 35 mil ou menos por ano se confessam obcecados por arrumação. As informações são de pesquisa da Ajilon, de recursos humanos. O estudo diz ainda que profissionais com melhor formação acadêmica são mais bagunceiros do que aqueles que tiveram menos formação.

Ei, será que vale a mesa do quarto? Se dependesse da minha, eu teria até vigésimo salário.

Li no Blue Bus, mas a íntegra está aqui, em inglês.

Faire dodo ("fazer naninha" em francês)

Tô com a cara dura. Calma, explico. Tô com uma máscara da Clinique há mais de meia hora... e era só pra ficar durante cinco minutos. De vez em quando vou publicar umas experimentações minhas aqui. Essa, por exemplo, deu certo. Adeus àquelas fotos em que seu rosto brilha mais do que a blusa de paetê da companheira ao lado.

Afe, agora acabei de me lembrar de uma história do colégio, quando aprendemos a fazer máscaras de gesso... Mas vou deixar de papo porque o rosto pede água e o resto pede sonhos. Depois eu conto. Boa noite.

E dá-lhe Heineken pra cá, Budweiser pra lá


Foto quentinha pra vocês. Eu trabalhando hoje à noite. Acabei de chegar em casa. Foto tirada por um cliente (ai, odeio essa palavra!) iraquiano. Aliás, aprendi a falar obrigada em árabe. Xucrandiazira. Tá, essa é a minha versão tupiniquim, mas tá valendo.

No fone, neste momento:
Gwyneth Paltrow & Huey Lewis em Cruising Together Posted by Hello

domingo, janeiro 16, 2005

Keep the change

Depois de um almoco com direito a arroz e frango, meu estômago pediu, mais uma vez, a pizza Garden Veggie do Pizza Pizza. Aqui, eles comem pizza com um molhinho, os chamados Dipping Sauces. Como o próprio nome já diz, você pega sua fatia (sempre com a mão!) e mergulha no molho. Acabei ficando um pouquinho viciada nisso, mas hoje, durante meu pedido pelo telefone, esqueci do danado.

Eis que surge o entregador de pizza lá na porta da frente do prédio. Ele me liga - minha campainha não está funcionando - e eu desço. Era o mesmo entregador da última vez! Fofo de tudo me deu dois dipping sauces de graça e ainda me chamou de garota simpática. "Pode guardar o troco, meu senhor."

***

Último post e lema da noite:
"Já que não tem suco, vai champagne mesmo"

Ô, você que está online!

Sim, você mesmo! Espero que tenha lido o post abaixo. Então, sem desculpas. Mostre seu RG agorinha mesmo! :)

Ps: Entrei no site agora e vi que tem mais uma pessoa online... Quero alimentar minha curiosidade.

TV em segundo plano

Não consigo desligar o lap. Nas últimas seis horas assisti a um curta com Lázaro Ramos, entrei em sites de pessoas que me interessam, googlei palavras que não estavam no meu dicionário, baixei uma música que me faz relembrar meu primeiro beijo e baixei outras que me fazem querer mais do futuro.

Também tenho lido muitos textos bons, ótimos, inspiradores que me fazem pensar se devo continuar com esta história de blog ou deixar todos os meus devaneios serem tema de conversa de bar e só.

*sigh*

Na verdade, tudo o que leio me dá ainda mais vontade de escrever. Digitar bobagens mesmo. Sem pressão. Se alguém não gostar, basta não retornar a esta casa, né naum?

***

Falando em casa, sinto que o blog, às vezes, é a casa da mãe Joana. Todo mundo entra, abre a geladeira, pega a cervejinha e vai embora sem dar tchau. Pô, pessoal, vamos começar a deixar comentários aqui, né? Meu ego pede e agradece.

Uma das...

palavras mais bacanas da língua portuguesa: GOSSSTOSO. Com o "s" dos cariocas.

sábado, janeiro 15, 2005

Será que dá pra falar inglês ou tá difícil?

Tô comendo brigadeiro! Com colher direto na panela. Copo de água do lado. Pausa para suspiros. Mas tive de comprar leite condensado numa lojinha brasileira porque com os daqui não dá certo.

***

Ontem, tive um dia bem brasileiro. Depois de publicar o site do portuga, fui comer picanha num restaurante brasileiro com uma jornalista brasileira e seu namorado brasileiro. Arroz bem temperado, vinagrete, farofa, feijão, batata frita e um bife gigante. O problema foi levantar da mesa. Ô comidinha pesada.

Andei uns 20 minutos até um shopping que só tem brasileiros. Nem preciso dizer que é preciso tomar cuidado redobrado na hora de comentar algo em português... Toda essa área é chamada de Popolândia pelo meu amigo Andrei. Se você sentar pra conversar, o papo com a maioria dos freqüentadores não irá muito além de futebol, como fazer mais dinheiro no Canadá e como formar uma banda de pagode. Ah, e sobre como ser VIP nas baladas latinas. Écat!

Se a Drica reclamava dos goianos em Atlanta, aqui, pelo visto, são os mineiros. Cruzei com alguns e TODOS eram de Ipatinga. O que Ipatinga tem? Ou melhor, o que Ipatinga não tem?

***

Lendo o The Day Breaks um dia desses, vi que a Cássia comentava sobre sua profissão de tradutora (mas ela também é jornalista. E das boas). Comentava também que nunca tinha viajado a nenhum país de língua inglesa. Hoje posso dizer que você só aprende inglês no Exterior se se esforçar pra isso. Li o post e não pude deixar de pensar na impressão que tive ao chegar em Toronto: aqui (e em qualquer lugar do mundo lotado de brasileiros) o mais difícil é falar inglês.

O primeiro problema é a escola. Você cai de pára-quedas num outro país e encara dez novas culturas em menos de 30 minutos. Entre coreanos, japoneses e alemães, você acaba se sentindo mais a vontade com... brasileiros, lógico.

Depois, acaba arranjando emprego num lugar que fala português. Seus amigos adoram bater cartão em baladas latinas e você, que não quer passar a noite de sábado em casa, acaba acompanhando.

Mas nem sempre é assim - desde que você se policie. Logo no começo da minha viagem, tentei dar uma segurada no baticundum tropical senão só iria falar inglês na escola. Ao meu grupo de amigos brasileiros (Lilian, Alex e Renê), juntaram-se mexicanos (Abigail e Alejandro), um coreano (Tim) e uma francesa (Celine). Isso nos ajudou. E muito. Mesmo com a Lilian, por exemplo, carioquinha show de bola, eu tinha um acordo de não falar português todo o tempo. Até lembro de uma vez no metrô, as duas cansadíssimas, e ela dizendo: "Dã, minha cabeça tá doendo. Não quero mais pensar em inglês. Vamos falar em português vai".

Depois fui trabalhar num restaurante portuga e passava o tempo fazendo perguntas estúpidas para os clientes. "Se eu quero dizer isso em inglês, qual é o jeito certo?" Todo mundo devia me achar pentelha, mas eu estava aqui pra aprender, não?

Vai fazer seis meses que trabalho num restaurante grego. Poucos portugueses e quase nenhum brasileiro pintam por lá. Foi aí que a língua começou a ficar mais clara, clara, quase transparente. É aí, falando inglês pelo menos oito horas por dia, que a palavra "tradução" some da sua cabeça. Não é mais preciso pensar na sua língua, buscar palavras na outra e só depois verbalizar. Agora, é só clicar a teclinha SAP.

Por isso, se você estiver pensando em viajar pra cidades superdivulgadas, pense duas vezes se não é mais vantangem - e mais econômico - encontrar uma Ciça (ex-professora da Cássia) no Brasil.

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Bom dia

Céu com nuvens, mas com espaço para um solzinho. Nem acredito que acordei. Zzzzzz.

Aqui não tem MTV, então liguei num dos três canais de música da TV a cabo. Aqui, cantores que ainda estão nas fraldas são febre . Um tal de Jesse McCartney (que nunca vi mais jovem, ooops, gordo) canta na minha tela e... nem sinal de barba.

Depois de alguns meses vendo Lindsey Lohan, Avril e cocotas, me assustei com uma garota chamada Jojo. O nome dela já desembarcou aí? Nada contra cantores-mirins. Lembrei de Tereza Cândida, amiga noveleira, que odeia atores de tal faixa etária. O problema, pra mim, é a postura. Inclua as roupas, os gestos e toda a tentativa de parecer que já saiu dos "teen" quando ainda nem bem entrou. Isso me irrita.

***

Hora de pegar metrô. Vou subir o site do portuga, que me ligou antes de ontem perguntando se eu queria publicar as últimas edições pra ele. Sol e flurries (minúsculos floquinhos de neve) me chamam lá fora. Até.

Só mais uma rapidinha

Não podia deixar de dormir antes de publicar essa. Hoje à tarde fez quinze graus e, agora, menos oito. E eu reclamava do tempo louco de São Paulo...

***

Coloquei um relógio aí do lado com o horário de Toronto. Serve pra quem quiser me ligar, mas não me acordar. Ou, se você estiver numa crise depressiva, dê uma de Poliana por cinco segundos e perceba que seu espírito está três, quatro, doze horas mais adiantado que o meu. :)

E com vocês, o Toshi


... Posted by Hello

...

Ps: Queria que meu irmão estivesse aqui pra fuçar nesse brinquedinho novo. Ai, preciso dormir, senão, daqui a pouco, começo a achar que o lap é travesseiro. Fui! Posted by Hello

O Rei Leão

Não viver sem o Google ainda vai. Agora só faltava não poder mais viver sem o Accoona Matata. Alguém aí já testou? A inteligência artificial funciona mesmo ou está pior que o nosso QE?

Ei, você aí...

...percebeu que eu acentuei todas as palavras dos últimos posts? Se algo passou batido, foi culpa da minha visão - que começa a dar sinais de velhice - ou das péssimas aulas da PUC. Sobre a PUC, melhor dizer que é brincadeira antes que voem os tomates. Sobre a visão, é verdade. Preciso adquirir, urgente, meus óculos para descanso.

Estou conectada desde as 21h. Não, não sou tão viciada a ponto de ficar num cyber até esse horário. Não, não posso usar a desculpa "ele me emprestou" porque não tenho namorado no momento. Também não estou postando do celular, se bem que adoraria aprender como se faz essa mágica. Talvez alguma boa alma me ajude a passar para o nível dois do curso "Faça o seu blog".

Bom, o motivo pra tanta festa - mesmo que a festa seja só dentro de mim - é a aquisição de um laptop quentinho, saído do forno. Meu primeiro computador com pés. Graças à placa de Wireless, esse menininho vai me acompanhar pra cima e pra baixo a partir de agora.

Me dêem licença. Vou procurar uma foto do meu filhote pra mostrar pra vocês.

Depois das especiarias, meu lado B

Neste exato momento, encontro-me sentada na cama. Almofada pink nas costas. Do meu lado direito, um prato com arroz e frango assado. Do esquerdo, um copo com Pepsi.

*sigh*

Atentem para o fato que são 5h da manhã aqui em Toronto e eu ainda não preguei o olho.

Pulsação

Morei 25 anos num país onde a influência africana transborda. A cultura passa pela beira do copo e se derrama aos nossos olhos. A toda hora. O mais engracado é que, pela primeira vez na vida, olho o mapa da África com olhos de criança. País por país. Bandeira por bandeira. Línguas oficiais e moedas. A TV - sempre ligada porque sou viciada naquele barulhinho - mostra ainda mais. Está passando um programa sobre músicos africanos. Mais especificamente vozes da África do Sul misturadas ao som de tambores.

Sempre tive uma vontade imensa de ir para a África. Tá, mas daí você vai dizer que tenho vontade de ir pra Europa, Austrália... A única coisa que sei é que África também está na minha lista. E cada vez mais forte.

A lombriga começou há anos, tempo em que uma grande amiga me contava sobre sua infância em Angola. Depois, Luanda se aproximou um pouco mais do meu mundo. Cerca de cinco colegas jornalistas trocaram grandes emissoras brasileiras por produtoras africanas.

Hoje, a África está praticamente todos os dias comigo. No meu trabalho, conheci pessoas da Etiópia, Algéria e África do Sul. Filei dois sanduíches etíopes na semana passada. Senti um gostinho de canela* e nem preciso dizer que caí ainda mais de amores.

* Nunca faltam na minha cozinha: canela, pimenta jamaicana, noz moscada, mel, azeite, shoyo e sour cream. Em breve, quero aprender a usar mais gengibre, hortelã, manjericão, cogumelos e amor

terça-feira, janeiro 11, 2005

Leitura de diversao



Sempre que posso - e que minha pressa me permite - clico naquela janela que abre automaticamente quando conectamos o msn. Meu destino sao as Paginas Vermelhas, da revista TPM, quase sempre escritas pela Milly Lacombe. Sempre gosto do jeito como ela leva e fecha as entrevistas. Naum fica nada formal, parece papo de amigas de colegio, sabe?

Melhor ainda quando a entrevistada eh a Regina Case. Um poco de boas vibracoes (opiniao de quem naum a conhece pessoalmente). Me ligo muito na energia das pessoas. Tem gente que irradia, que brilha sem nenhum esforco. Sao aquelas pessoas autenticas sem pretensao. Energia boa, sabe? Vou publicar uns trechinhos aqui.

Na entrevista que você deu para a TRIP #73, em outubro de 99, você disse que gostaria de ficar com outra mulher. Já ficou?
Ainda não e ainda acho esquisito que não tenha ficado porque sempre me achei muito disponível [risos]. Mas tem muito de preguiça da minha parte, igual a quando você vai ter um amante, sabe? Volta e meia eu acho um cara legal, mas penso: "Ai, que preguiça...". Mas, se não rolou, é porque nunca senti aquele clique forte por outra mulher, sabe?

Você é uma mulher de valores modernos, um desses espíritos livres. Sua filha, Benedita, tem 15 anos. Ela é criada com esses seus valores?
Completamente. Uma vez ela estava assistindo à MTV e não entendeu um anúncio contra preconceitos. Aí eu expliquei que preconceito era você achar uma coisa da pessoa antes de conhecer e julgar apenas o fato de ela ser preta, gay, nordestina... A Benedita estranhou e perguntou se muita gente fazia esse tipo de coisa. Eu respondi que quase todo mundo. E ela: "Bom, então eles não gostam de nenhum amigo nosso" [risos].

Acho que é isso, Regina.
Como assim? Que entrevista mais esquisita. Você não vai me perguntar do Estevão? Pelo menos põe aí que eu amo muito ele e que estou mandando um beijão, vai.

Lua, snowboard e roxos


Foi aqui, em Blue Mountain, que gastei toda a minha energia no ultimo sabado e ganhei os hematomas citados no post anterior. Fui fazer snowboarding... pela primeira vez na vida! Sorte naum ter quebrado nada. Mas comi muita, muita neve, hehehe. Sabe aquela historia de engolir agua surfando? Aqui eh em estado solido, negos... Depois dos primeiros tombos, tinha gelo em todo lugar. Costas, bunda, dentro do gorrinho. Um terror.

Fiquei a primeira hora na montanha de nivel basico, rodeada por criancas de 10 anos. Uma vergonha, meus amigos. Depois de aprender a parar a prancha, fui pra uma maior, mais violenta. Muita emocao. Adrenalina pura. Sentar no banquinho do teleferico jah eh um desafio. Sair do banquinho nem se fala.

Depois de quatro horas de breca daqui, escorrega dali e ajoelha acola, corpos cansados em busca de um banho quente. Uma banheira pelando, sais de banho e cama.

** Quer ver imagens ao vivo direto da Blue Mountain? Posted by Hello

... com o board ainda limpinho... Posted by Hello

... se preparando... Posted by Hello

... em acao... Posted by Hello

A queda. Posted by Hello

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Hirudoid

Saldo de sabado:
* um grande hematoma em cada joelho
* volta da tendinite
* roxo na parte superior da bochecha direita da bunda

Musculos sem dor? Soh os da boca...

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Bom, agora jah posso contar...

... vou gravar um filme, negos. Na verdade, eh um curta-metragem. Conheci um ator australiano ha uns dois meses e, papo vai, papo vem, ele me chamou pra gravar uma cena.

O filme eh bem curtinho mesmo. Coisa de 25 minutos. Farei o papel da namorada dele e tenho cerca de umas dez falas. Ensaiamos na semana passada.

O proprio ensaio jah foi cena de filme. Em pleno dia 31 de dezembro, tomando cafe no Starbucks e passando frase por frase.

O carinha disse que fez uma participacao no "The OC" e vai estrear uma serie canadense em abril. Pode ser verdade como pode ser uma imensa besteira. O cara provavelmente trabalha na construcao, nunca pisou num palco na vida e sofre de dupla personalidade. Na duvida, lancei a clausula: "No lingeries and no biquinis!". Hilario.

As vezes me sinto sugada num tunel do tempo

O que fazer quando, lendo um blog de uma amiga na Australia, noticias de Ricardo Freire direto da Cidade do Cabo (dica de Cassia Zanon), falando com uma amiga em Madrid, toca uma musica do Simoninha na radio e voce, de repente, eh jogada de novo ao Brasil?!

terça-feira, janeiro 04, 2005

To de volta. E jah estamos em 2005

Muitas coisas se passaram. Em Toronto, no Japao, no Brasil... Final de ano bem tumultuado. Coisas boas. Outras nem tanto assim. Tah, naum vou reclamar. Mais coisas boas. Ainda mais porque as coisas ruins, de tao ruins, nem merecem ser relembradas.

Na parte boa ficam as vodkas, os apitos, as coroas brilhantes de "Happy New Year", a sinuca em frances, os abracos da virada, o selinho roubado, as ligacoes para o Brasil, mais uma conversa com meu irmao, as bebidas de graca, as altas gorjetas do final de ano, um novo projeto aparecendo no horizonte, a saia que virou blusa e, claro, a eterna contagem regressiva.

A parte ruim... hummm, essa ainda naum eh a parte ruim. Eh soh a parte triste. Coisas ruins ficam pra um proximo post.

Vou comecar pelas despedidas. Ignacio Navarro foi embora no ultimo domingo. Voo Toronto/Havana e Havana/Barcelona. Uma das melhores descobertas do ultimo ano. Amigo pra farra, dialogos interminaveis, poker, damas e xadrez (otimo professor, diga-se de passagem). Espanhol com cara e alma de Peter Pan. Camarada picaro, eu diria. Infelizmente, o fato de eu saber que vou encontra-lo em breve naum anulou o terrivel vazio da despedida.

No final de janeiro, mais dois amigos vao embora. Audrei e Olivier. Casal frances engracadissimo. Mais uma conquista e, do ponto de vista de Toronto (e soh de Toronto), uma perda irreparavel.

***

Se me perguntassem agora o que eu deletaria na minha vida, escolheria as despedidas, sem sombra de duvida. Ainda mais quando, na despedida, naum ha nenhuma possibilidade de um reencontro. Digo isso porque, nos ultimos dias, tenho sonhado muito com a minha tia, que faleceu ha quase cinco anos. O mais doloroso tchau que jah vivenciei. Sei que ela estah bem. Mas gostaria que ela estivesse aqui, neste mundo, bebendo champagne na praia, como fizemos tantas vezes.