domingo, novembro 27, 2011

Agora estamos aqui: daninoia.com.br.
Venha, venha, venha! :)

terça-feira, outubro 11, 2011

Loja de baciada

Véspera de feriado. Expediente longo. Num dia em que você pensa: "Nossa, hoje eu trabalhei honestamente". Claro que tinham de surgir besteiras pra descontrair. De uma blusa de menos de 50 reais na H&M, lembrei de uma loja que eu SIMPLESMENTE adorava quando era mais nova e ia com a minha mãe dar uma volta no centro da cidade.

Imaginem: baciadas e baciadas de roupas empilhadas. A preços modestos. O segredo era remexer nas profundezas. Certeza que a blusinha mais legal tinha ali seu habitat.

Mas o que eu mais gostava mesmo era das bolas da "logomarca".

Com vocês, a Pelicano!

Se você se lembra dessa loja, dê um like no Face.

sexta-feira, agosto 26, 2011

Gráficos da vida

E, para acabar a semana, eu precisava postar esta sequência de gráficos beeeem diferentes dos de mídia que preciso ver quase sempre.

Ontem à noite, morri de rir. E concordo com todas estas situações. Ooops, nem todas: lavo o corpo inteiro e não como chocolate.

Oferecimento: Luiz Guilherme e Fabio Galdo.

















terça-feira, julho 19, 2011

Preguiça

Da série coisas gostosas de ver. Bati o olho hoje nesta belezura em minhas andanças desenfreadas. Olha este olho de preguicinha. Vontade de pegar no colo. Daqui.

segunda-feira, junho 13, 2011

Bem leve, leve, releve

Tem tanta coisa acontecendo. Mas nada que eu queira dividir aqui. Tornar público é tornar certo. Coisas boas precisam de tempo pra tomar forma e coisas tristes não merecem ser eternizadas sempre. Estou com a impressão de que a lua está mudando, aquele planeta parou na nonagésima casa ou que Oxum veio dar uma espiadela aqui.

Talvez seja só uma sensação de final de fiscal year. Pela primeira vez, meu ano (e de alguns amigos do trabalho) vai acabar agora. Em empresas americanas julho é o recomeço. Você fecha um ciclo e cava depois tudo de novo.

Mas uma imagem como essa abaixo me deu vontade de postar. Bati o olho e quis escrever. Porque é moda, é leve e, para muitos, é até mesmo vazio. Ou seja, não incomoda ninguém, não manda recados e só vive o momento.

Sobre a foto: combinação que eu amo, no maior estilo "só uso roupa confortável". A calça, mais durinha, faz a vez da minha amada alfaitaria. A blusa e a bolsa é bem estilo "peguei o que vi". E este cabelo completa tudo: lava de manhã e deixa secar natural (aliás, estou sofrendo pra fazer isso no inverno. Mas, no meu caso, é preguiça de secar mesmo).

Da Le Lis Blanc: http://www.lelis.com.br/lookbook/2011/06/07/lookbook-preview/

sábado, abril 09, 2011

4

A pele. Posição encolhida. Reflexo do cabelo branco. Toque. As manias que eu conheço. As manias que imploro pra decorar. “Não” a um acordo comum. “Sempre sim” para um extraordinário acordo. Acorda. Sem palavra. Interage. Traz a claridade pra dentro.

3

A posição é aquela que se assume. Sou quem quiser e penso como você. Ou pelo menos reajo assim. Já vivi. Já previ. Mas já já você me surpreende com o novo.

2

Vontade de adiantar as coisas. Às vezes.
Vontade de desacelerar as coisas. Nem sempre.
Aqui, neblina.
Com ponto final, fácil trabalhar momentos.

1

PERPLEXO.

PERPÉTUO.

PERFEITO.

PRETÉRITO.

Num vôo turbulento

Durante 120 dias, fui toda semana trabalhar em Brasília. O dia de trabalho durava 18 horas. Das seis da manhã até meia-noite. O ritual estava estabelecido. O avião era a minha cama.

Até o dia em que peguei a minha primeira turbulência de verdade. Não tenho medo de chacoalhões. Mas ali era praticamente um aviãozinho de papel sendo jogado de um lado para o outro. E surtei. Por dentro. Peguei o caderno e comecei a escrever. É o que chamam de terapia de choque, mas de um modo literal. Nunca fui dada a escrever poesias, poemas ou coisa que o valha. Sempre me acho brega, sem nexo e sem contexto.

Rabisquei algumas folhas. Com sinceridade e medo de não chegar em casa. Medo de não poder olhar pra ele de novo. Lembro inclusive da minha cara ao encontrá-lo no aeroporto me esperando com um presente. Apaguei.

Rong He. Restaurante barato na Liberdade

E a gente sempre dá um jeitinho. Com a desculpa de "repor uma aula de francês", fomos parar na Liberdade. Até aí tudo bem. Eu, Agnes e Dom falando francês num restaurante chinês. Mas até namorados compareceram e a reposição da aula virou uma noite gastronômica com conversas em português mesmo.

Dica do Dom, o Rong He é um restaurante simples, barato e com comidas maravilhosas. O cardápio é gigante e tem uma atração a mais: massas feitas na hora. Massas feitas na hora com espetáculo ao vivo! Hahahaha! O tiozinho é mega rápido e a massa realmente deliciosa. Dica: guioza com casquinha crocante.

Três pratos grandes (com cerveja e refris): 19 reais por pessoa!

Rong HeRua da Glória, 622A
http://ronghe.com.br/










Crédito fotos e vídeo: Agnes Nakayama

domingo, março 27, 2011

Obrigada, Marília Levy

Faz sete dias que comprei "Só Garotos" (Just Kids). Faz exatamente 6 horas que solucei como uma garotinha ao fechar o livro. Não consegui descrever ao Luiz o que estava sentindo na hora. Precisei de 40 minutos para me recompor.

Há sete dias li a primeira página e senti um certo estranhamento. Frases curtas e expressões de um universo não meu. Hoje as frases poderiam ser minhas. Frases que eu gostaria de ter sublinhado, riscado e destacado. Frases que você quer sentir pelo menos uma vez na vida. E, se já sentiu, te arrepia tanto que você quer a segunda dose. A NY dos final dos anos 60 e 70. Personagens de longe que ficam bem perto.

A relação entre Patti Smith e Robert Mapplethorpe é escancarada. E por ela mesma. Foi um pedido dele antes de morrer. E eu consigo materializá-lo neste momento, com dois olhos vivos: "Você me promete, Patti?".





sábado, março 19, 2011

Orgulho e preconceito? Admiração e respeito

E aí eu gosto de gente. De tudo quanto é tipo de gente. Segundo amigos, não tenho filtro. Gosto de malas, inclusive. E gosto de gente bonita. Ah, como gosto. Adoro estar rodeada de gente linda, segura, forte. Inspira a saber mais, aprender mais, ter mais desdobramentos.

Nesta semana teve o Mauzinho. E como adoro cada papo. De viagens, nova faculdade, bicicleta desmontável e Cuba. Esperidião Amin, trabalho, amor e francês.

E ontem vi o documentário "Somebody told me about... Carla Bruni". O sonzinho ficou ao fundo enquanto eu fazia mil coisas no computador. Mas não deu pra ficar alheia e vidrei em tudo. A música (que eu já gostava), mas a forma como ela descreveu seu relacionamento com Sarkozy. Nada de absurdo; muito pelo contrário. Amor é simples e ela foi cândida e direta. E o carinho no fundo daquele olho foi delícia de ver.

.................

Admiração. Assim definiu a mãe do Luiz sobre o que deve ser a base de um relacionamento. Eu comecei a ponderar e concordei logo depois do primeiro ano. Só adiciono mais uma palavrinha: respeito. Respeito para ir e vir. Para ter as suas escolhas e as nossas escolhas. Para ter espaço. E dar espaço ao que realmente importa: o fato de termos escolhido ficar junto.



Somebody Told Me About Carla Bruni - Clip from George Scott on Vimeo.


quinta-feira, março 03, 2011

terça-feira, março 01, 2011

Existir, a que será que se destina?

Não consigo me conter com textos que parecem óbvios, mas que são deliciosos de ler. Tipo ler Melancia ou qualquer outro livro que te deixa num clima cozy, à vontade, sonhando.

A Karina Toste, que trabalha comigo (na verdade, eu quem trabalho com ela, pois cheguei beeeem depois!), mandou este texto agora. Não vou checar se foi a Martha Medeiros, o Luis Fernando Veríssimo ou se a Rosana Hermann escreveu. Mas indico a leitura.


'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.


Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.


Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar. (no futuro bem próximo...)

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.


Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.


Existir, a que será que se destina?


Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem..


Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.


Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.


Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.

Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.


E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.'


Martha Medeiros - Jornalista e escritora

domingo, fevereiro 13, 2011

Biquíni de 25 reais

E, na semana do vestido de U$ 30 da Michelle Obama, entrei no shopping à procura de um biquíni, de um sapato e das compras de supermercado pro final de semana fora de SP. Fiz uma estimativa básica de gastos, mas fui surpreendida. No meu mapa mental, não conseguia achar nenhuma loja de moda praia bacana no Shopping Villa-Lobos. Já tinha abortado a missão quando resolvi entrar na C&A pra ver a coleção da Espaço Fashion.

Tive de fuçar bastante. Mas só assim pra encontrar pechinchas, não? E valeu: duas peças pelo preço de uma. Total: R$ 25! Provei o P, M e G, pois a modelagem é meio torta. Acabei escolhendo o G, pois o cortininha P e M eram meros pedacinhos de tecido. Mas a malha é bem macia e seca rápido.

Talvez só dure um verão, mas mesmo assim será justo.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Clara Averbuck

Chocada. Liguei o note só pra uma reflexão rápida. Depois de ver a primeira parte de Troca de Família hoje, continuei twitando, navegando, navegando e... Mega por fora que eu estava de tudo, descobri que rolou, ainda por cima, a maior papagaiada do século no programa. O dito cujo que recebeu a nova esposa/mãe em SP recebeu BEM a nova esposa/mãe em SP. Meu, jura mesmo que precisava dar uma num reality show? Enquanto sua mulher estava fora de casa? E você estava com a mulher do outro? E com as crianças respectivas participando do programa também?

Posso não concordar com um monte de coisa, como vários que já vi postando enlouquecidamente por aí, mas NADA justifica a falta de senso de alguns. E bebida não é desculpa. Pior quando, por mais que tenha bebida, ainda tem um microfone ligado em você. Hello!

Pra mim, a edição do programa já começou bem tendenciosa. Dava pra mostrar a Clara por mil facetas. Inteligente, que trabalha, se vira. Sim, bipolar. E assumida. E os textos? E todo o resto? Mas vem a "zen-mega-blaster-abraça-a-árvore" (e o tronco dos outros) pra falar de poeira. Vai catar coquinho. Claro que já espero um final de vilã e vítima. Infelizmente.

Enfim: de um lado, no BBB, Mau Mau Chupa Chupeta fazendo cena de marido (ãh? marido?) traído. E no Troca de Família, o marido (ãh? marido?) descolado fazendo as honras da casa. Fui.

Pra entender:
http://clarahaverbuck.virgula.uol.com.br/2011/02/08/piranha-da-cracolandia-vs-jackie-daniels/

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Do divórcio e outros demônios

Num bate-papo numa consulta de rotina, minha médica me disse: "Se prepara. Daqui a pouco vem a fase das separações". Estávamos falando sobre filhos, casamentos e de que a história nunca para. Ficamos matutando e rindo sobre isso e eu comentei que já tenho alguns amigos separados. Tenho amigos que se casaram aos 20 e se separaram aos 27. Com 32 anos, até já ficou meio normal esta situação. Mas confesso que cada nova notícia sobre divórcio é um baque. Te faz refletir horrores e conversar ainda mais com quem de fato constrói cada dia junto com você. Você fica se colocando no lugar daquele casal, fazendo comparações inevitáveis e, no fim, percebe que tudo é possível. Por mais confiança que se tenha, TUDO é possível sempre. Porque independe de confiança. Depende mais da honestidade e culhões pra trazer a responsa também pra você. Porque, nesta sociedade, as ações são fifty-fifty.

++++

Sonhos, do Peninha. Se toda separação fosse assim...

Tudo era apenas
Uma brincadeira
E foi crescendo
Crescendo, me absorvendo
E de repente eu me vi assim
Completamente seu...

Vi a minha força
Amarrada no seu passo
Vi que sem você não tem caminho
Eu não me acho
Vi um grande amor
Gritar dentro de mim
Como eu sonhei um dia...

Quando o meu mundo
Era mais mundo
E todo mundo admitia
Uma mudança muito estranha
Mais pureza, mais carinho
Mais calma, mais alegria
No meu jeito de me dar...

Quando a canção
Se fez mais forte
E mais sentida
Quando a poesia
Fez folia em minha vida
Você veio me contar
Dessa paixão inesperada
Por outra pessoa...

Mas não tem revolta não
Eu só quero
Que você se encontre
Ter saudade até que é bom
É melhor que caminhar vazio
A esperança é um Dom
Que eu tenho em mim
Eu tenho sim

Não tem desespero não
Você me ensinou
Milhões de coisas
Tenho um sonho em minhas mãos
Amanhã será um novo dia
Certamente eu vou ser mais feliz...

A mulher de azul e outros registros

Depois fico com sono e não sei por que. Se pego o note, varo noite adentro indo de um site pra outro. Agora resolvi conectar o celular e baixar várias fotos. Algumas que eu nem me lembrava mais. Elas seguem aqui, com as devidas legendas (a câmera do E71 é péssima, então desconsiderem o lado artístico).

Fiquei impressionada com o modelito todo azul. Conjuntinho da cabeça aos pés. Esta pessoa não tem amiga, fato. Não, e não era uniforme.



Marido bom é aquele que faz o jantar, prepara a marmitinha no dia seguinte e ainda pergunta se a muié prefere a farofa por cima ou por baixo do feijão. Com vocês, Vladimir Goitia.



Quando 2011 chegou.


A vista lá do 32. A japa já falava e eu concordo: é linda (dentro do que SP pode oferecer), com sol ou relâmpagos.


Visita a uma adega no final de 2010. Tezón?!


Tem Tézon, mas também tem Piri Piri.

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

O jornal de papel

Neste final de semana me deu a maior vontade de ler jornal de papel. E, na praia, ganhei a visita do Luiz (alemão não muito a fim de sol) com uma Folha quentinha de domingo. Acabei lendo uma parte hoje de manhã e adorei o Dimenstein. Não posso reproduzir o texto inteiro, mas, pra resumir, fala exatamente sobre a saudabilidade de se fazer tudo com calma. Desde comer uma uva passa até organizar suas tarefas uma a uma. Começa-se uma task e vai até o fim. Só então você passa pra próxima. Sou muito assim. Mas ainda, às vezes, sinto uma pressão de fazer tudo ao mesmo tempo. Daí eu surto. Perco o chão. Enlouqueço mesmo. E, instintivamente, volto às origens do metódico, do regrado e da [ilusória] ordem. Já ouvi dizer que isso é coisa de mulher, mas não consigo acreditar nestas divisões que generalizam.

Trechinho do editorial, juntando as visões da alma e da medicina:
"Aprender a se concentrar, vivendo melhor o tempo presente, produz gente mais equilibrada e eficiente. (...) Para ajudar os pacientes a se alimentarem melhorar, o Boston Medical Center se inspira nas lições de meditação. Aprendem a saborear uma única passa durante vários minutos, experimentando diversas sensações. Trava-se, assim, uma guerra contra o fast-food. Não estivéssemos falando de gente que ensina na faculdade de Medicina de Harvard, cujas descobertas foram publicadas em duas revistas acadêmicas de psiquiatria, este artigo iria parecer reflexão de hippie esclerosado ou bicho-grilo."

Vale a leitura. Se não dá pra ser online (logado), sugiro, às vezes, retornar à delícia de manusear o jornal de papel e não perder estes textos que passariam do seu lado, talvez, numa lata de lixo ou no xixizeiro do cachorro. Pena (pena de mim também).

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Maíra, Paulinha e Dani. E Danny.


Há mil anos (juro que já perdi a conta mesmo), a gente chora de alegria no reencontro e chora doído na despedida. Ontem, a tríade se reencontrou durante algumas horinhas na garoa de São Paulo. Nunca é o suficiente. Ainda mais porque, agora, um das partes se multiplicou. Coisa de Maíra-Gremlin mesmo. Mesmo olhando minuciosamente pra figura, não se encontra mais nenhum indício de barriga nem inchaços depois de somente 30 dias. Alguém a alimentou depois da meia-noite certeza.

O Gizmo se chama Danny (se pronuncia Dani, como o nome da tia). E o sentimento, pela primeira vez, foi bizarro. Eu o conhecia há anos, como se também fizesse parte de mim. É o que dizem por aí sobre amor de tia, mas que eu, no fundo, não conhecia ainda.

domingo, janeiro 30, 2011

A vida dos outros

Minha mãe, de tempos em tempos, conta uma história sobre quando eu estava no pré. Eu, japinha de cabelo liso, andava com uma amiguinha loira com cabelos encaracolados e olhos azuis. Segundo a dona Mitsue, minha frase recorrente era: "ai, queria ter o olho da Michele". E a da Michele era: "ai, queria ter o cabelo da Dani".

É natural termos referências, influências e tudo mais. Mas vejo que, a cada ano, desde o pré, a parte mais bacana de envelhecer é criar e se recriar do seu jeito. Mudar o rumo, fazer valer suas escolhas e até ter de brigar por elas (ou nem, pois às vezes dá uma preguiiiiiça e você se joga sozinho mesmo). E como deve ser chato não ser diferente de ninguém! Ou nem ter argumentos pra brigar com amigos. Porque discutir é bom. Ter ideias diferentes é bom. Ter amigos que não pensam como você é bom demais. Deve ser chato sempre se sentir num tribunal, no qual todas as suas escolhas devem ser elogiadas ou pelo menos aceitas por alguns.

Num longo papo com uma amiga, falamos muito da época de colégio quando ela descobriu que ser diferente era bem mais legal. E isso a gente vai evoluindo dia a dia. Dá pra perceber quem parou ali, no colégio, como se esta época fosse a única fase áurea desta vida. Dá pra sacar quem trouxe de lá as inseguranças e, hoje, acompanha uma ou duas pessoas como se estas tivessem a vida perfeita que você sempre quis ter também. Mas nada é perfeito. Nada é autêntico a não ser que venha de uma movimentação natural, de um gosto e preferência que realmente sejam seus. Temos MOMENTOS de mimetismo, o que é mais do que saudável; mas uma VIDA de mimetismo deve ser muito chata. Enquanto você segue, fuça e mapeia a vida alheia, aquela própria vida já está mil léguas à frente, pensando no próximo movimento, na próxima construção. E, aí, você é obrigado a criar falsas vidas. Mil devaneios pra conseguir ter assunto até em mesa de bar.

10 momentos de mimetismo pós 30:
1. A objetividade e imparcialidade do Luiz
2. A camaradagem e habilidade no tênis do meu irmão
3. O senso de maternidade da Maíra
4. O rímel da Lancôme e o timing de humor da Tereza
5. O talento para pesquisa da Camila
6. Os cílios postiços "naturais" da Paulinha
7. Os sapatos dourados e a explosão da Ag
8. A clarividência (não paranormal) da Sylvia
9. A evolução constante do meu pai
10. A leveza da minha mãe

Ter momentos de mimetismo é dividir, aprender, reconhecer. E crescer. Não queira a vida de ninguém. Senão nem a sua poderá ser resgatada depois.

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Promoção Lingerie Loungerie

Vi os últimos posts e este blog ou cria teia de aranha ou parece auto-ajuda, hahahaha. Voltemos às (f)utilidades.

Fazia tempo que não entrava numa loja de lingerie e ficava com vontade de passar horas. Numa passada no Shopping Vila Olímpia na última segunda, me deparei com uma placa gigante, como muitas outras nesta época do ano: SALE. Como tinha gostado do nome, Loungerie, e da vitrine, entrei. Minha surpresa foi encontrar calcinhas de tule (que eu amo, mas nunca tinha encontrado no Brasil de novo), que são ótimas pra fazer esportes. Elas são levinhas e secam rápido. Além disso, piro em cores. Mistureba de estampas, cítricas ou até mesmo aquele nude romântico da época da vovó (quando nem existia a palavra nude ainda). Tem também aquelas calcinhas-chiclete (é quando tem um mix de cores "doces", doce de comer mesmo: tipo bicho de pé, beijinho, bala de anis). O melhor de tudo é que 3 calcinhas, na promoção, custam 39 reais.

Mas não se deixe enganar pelas fotos abaixo da última campanha deles. Hmmm, pensando bem, por treze reais, a gente até finge que acredita que as pecinhas farão milagres.



sábado, janeiro 08, 2011

Livro na cabeça

Percebi, nos últimos meses, que fico analisando os acontecimentos ao meu redor num formato de narrativa. Sabe quando você fala sozinho ou fica viajando horas a fio? Aqui, dentro deste cabeção, as histórias, divagações e constatações vêm em forma de post. E só posso dizer uma coisa: que desperdício. Pois ficam marinando só no meu cérebro e eu os mantenho ali (tenho espaço à beça, hehe).

O Divã existe desde 2004 e foi uma forma que encontrei de manter contato quando fiquei um ano fora do Brasil. Mas ele virou mais do que isso: virou um diário contínuo e um registro consumado de uma vida de uma pessoa comum durante quase 7 anos.

Mas... falam que, a cada sete anos, existe uma ruptura, crise, mudança de paladar, estas coisas, não? Vou voltar pra cá, mas o objetivo inicial ficou lá atrás. Mudamos.

...

Só pra relembrar o primeiro post. Mega engraçado ver o sofrimento na cozinha em 2004 e, no primeiro final de semana deste ano, já ter cozinhado para 20 glutões famintos de uma só vez.


Segunda-feira, Março 08, 2004

Adaptação na cozinha

Ontem me aventurei na cozinha mais uma vez. Sim, porque cada vez que me proponho a fazer algo (algo=comida) sinto como se entrasse num terreno adorado, mas incompatível. Ontem foi a vez do chutney de manga. Coloquei tanto tabasco que quase não consegui provar. Seguindo os conselhos do Planeta Comida (programa da P+A), água nele! E não ficou tão ruim. Aliás, combinou com a costelinha...

Vou seguir os conselhos da Carrie para Miranda, num dos episódios de Sex and The City: fazer uma lista com o lado bom e ruim de cozinhar. Tudo bem... O conselho original dizia respeito a um relacionamento, mas quem falou que comida e sexo não andam juntos?