segunda-feira, fevereiro 07, 2011

O jornal de papel

Neste final de semana me deu a maior vontade de ler jornal de papel. E, na praia, ganhei a visita do Luiz (alemão não muito a fim de sol) com uma Folha quentinha de domingo. Acabei lendo uma parte hoje de manhã e adorei o Dimenstein. Não posso reproduzir o texto inteiro, mas, pra resumir, fala exatamente sobre a saudabilidade de se fazer tudo com calma. Desde comer uma uva passa até organizar suas tarefas uma a uma. Começa-se uma task e vai até o fim. Só então você passa pra próxima. Sou muito assim. Mas ainda, às vezes, sinto uma pressão de fazer tudo ao mesmo tempo. Daí eu surto. Perco o chão. Enlouqueço mesmo. E, instintivamente, volto às origens do metódico, do regrado e da [ilusória] ordem. Já ouvi dizer que isso é coisa de mulher, mas não consigo acreditar nestas divisões que generalizam.

Trechinho do editorial, juntando as visões da alma e da medicina:
"Aprender a se concentrar, vivendo melhor o tempo presente, produz gente mais equilibrada e eficiente. (...) Para ajudar os pacientes a se alimentarem melhorar, o Boston Medical Center se inspira nas lições de meditação. Aprendem a saborear uma única passa durante vários minutos, experimentando diversas sensações. Trava-se, assim, uma guerra contra o fast-food. Não estivéssemos falando de gente que ensina na faculdade de Medicina de Harvard, cujas descobertas foram publicadas em duas revistas acadêmicas de psiquiatria, este artigo iria parecer reflexão de hippie esclerosado ou bicho-grilo."

Vale a leitura. Se não dá pra ser online (logado), sugiro, às vezes, retornar à delícia de manusear o jornal de papel e não perder estes textos que passariam do seu lado, talvez, numa lata de lixo ou no xixizeiro do cachorro. Pena (pena de mim também).

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