Sempre fui fã de grampos. Desde os tempos saudosos do ballet. Usava os que vinham numa caixa vermelha, comprada em qualquer farmácia ou perfumaria de bairro. Os desta marca eram os mais resistentes. Nunca machucavam o couro cabeludo. Sim, porque, às vezes, o danado do plástico, aquele que cobre as extremidades, insistia em ir badalar e deixava o ferro assim, à mostra.
Agora, acabei de ler no Glamurama que os grampos da vovó estão "na moda". Putz, queria saber quem dita o que é moda quando o assunto é um grampo de cabelo. No mínimo, um grupo de meninas bem-nascidas apareceu com o adereço nas últimas festinhas hypes e, a partir daí, a colunista achou "suuuuper" descolado.
Cheguei a ouvir comentários maldosos sobre meus pobres grampinhos no passado e, quando fiz minhas malas para Toronto em 2004, minha consciência (provavelmente ferida) não assimilou a ordem "colocar a caixa de grampos na mala". Passei meses criando alguns truques para não sentir falta deles. Se bem que eles nem faziam tanta falta, mas daí a jeca aqui cortou a franja. O "bad hair day" começou a atacar mais forte e, depois de várias escovadas, a franja, que antes era lisa, começou a acordar do jeito que bem entendia. Pra cima, pro lado, com ondas.
Hoje sou uma mulher mais feliz. Adquiri minha primeira caixa de grampinhos há duas semanas. E eles são prateados! Aqui não são moda, mas continuam a fazer a minha cabeça. Literalmente.
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