segunda-feira, março 20, 2006

O celular tá silencioso

Preciso postar isso antes de almoçar! Mais aqui.


Toca
De Tati Bernardi

Eu tenho um beijo que alterna do calmo pro intenso, você iria gostar. Acho que você tem olhos iguais ao meu beijo.

A gente poderia ser interessante andando com suas mãos longilíneas e eu tão pequenininha. De repente as pessoas poderiam olhar e pensar: lá vai mais um casal que não combina mas por isso mesmo dá certo. Seria lindo.

Eu olho tanto meu celular que já decorei de quanto em quanto são cinco minutos. Eu tenho vontade de jogar meu celular numa parede qualquer. E me libertar da vontade de ouvir sua voz.

De novo, de novo, eu não canso. De novo fazendo romance em cima de um conto

breve. Dois jantares e um almoço. Só isso. E lá estou eu achando que você pode ser um forte candidato a homem da minha vida. Lá estou eu acreditando que exista um homem da minha vida.

Se você não ligar, nunca mais, eu vou ficar triste, igual fiquei semana passada porque outro não ligou, igual fiquei semana retrasada porque outro sumiu. Igual eu vivo ficando chateada e vive passando. Eu tenho prostituído demais a minha espera. E as coisas parecem perder a importância toda hora. O problema é que, para perder a importância toda hora, toda hora vivem ganhando importância, e eu estou ficando cansada.

Ah, se você me ligasse, a gente poderia ver aquele filme do Bertolucci que eu tô louca pra ver e, se no filme tivesse cena de sexo, eu iria morrer de vergonha. Depois você poderia me fazer alguns elogios, afinal eu passei o dia inteiro com uma touca de creme no cabelo esperando a sua ligação.

Os grampos estão me machucando, mas eu agüento a dor, eu agüento esperar.

O seu beijo poderia ser daqueles calmos e profundos e a gente poderia combinar tão obviamente quanto é óbvio o silêncio do meu celular. A gente poderia acabar de se beijar e cair na risada, uma risada tão ensurdecedora quanto o silêncio do meu celular.

Liga, vai, me dá uma chance. Me dá uma chance de ser extremamente sensual apesar do meu braço torto e das celulites da minha bunda. Ser extremamente sensível apesar de todas as ironias que eu te falo pra você não achar que pode me ganhar.

Eu aprendo a gostar de Nick Drake, Velvet, e se bobear até divido um ácido com você. Não, esquece, tô fora do ácido e quer saber de uma coisa? A Britney Spears vai continuar me dando uma vontade louca de dançar. É como você mesmo disse: eu tenho o ouvido burro.

Mas eu tenho uma mão esperta, me liga vai?

Olha eu mais uma vez me vendendo sexualmente, não, não compre. Compre meu coração, compre minha alma. Recuse minha incapacidade de me achar amada e me ame.

Se você me ligasse a gente poderia ter uma conversa séria a respeito da solidão e do tédio do mundo e resolver ser feliz pra sempre. A gente poderia resolver isso e depois resolver que o mundo tem suas limitações e depois resolver que não tem limitação coisa nenhuma. A gente poderia mudar de opinião juntos e tornar a vida menos solitária e tediosa.

Olha, é simples, são sete números e uma única chance de conhecer uma mulher super bacana. Que, sim, tem chulé às vezes, tem bafo às vezes, tem ataques de histeria, ciúme e infantilidade às vezes. tá bom, é mais do que às vezes, mas se você me ocupar com bom papo e carinho, eu juro que esqueço um pouco meu lado que não sabe se relacionar.

Peraí, tá tocando aqui. tem que ser você, tem que ser você. tem que meeeeeeerda, pena que não dá para processar o "Vivo Informa" por propaganda enganosa.

Vish

Na capa do msn hoje: "Como enfrentar um pedido de casamento". Enfrentar? Hahahaha. Óia o medo do pessoar.

segunda-feira, março 13, 2006

Saldo

Duas horas de tênis no sábado, sol na cabeça e roupinha especial. Saldo: uma superbolha no dedão e dor muscular de matar. Os músculos da bunda são os piores.

Gente sem noção. Saldo: obras de recapeamento às nove horas da manhã e trânsito infernal.

Gente com muita noção. Saldo: dia-a-dia mais feliz com a certeza de que chegou a hora de ser cuidada e não de cuidar.

Cinco noites na balada. Saldo: começar a semana parecendo que já é quinta.

sexta-feira, março 03, 2006

sigh sigh sigh


Somos cheios de bancar os independentes, fortes, racionais, objetivos. E ficamos assim, neste estado taquicárdico-nervótico-emocionado, com o simples fato de receber flores no trabalho.

quinta-feira, março 02, 2006

Vida de adulta

Faço a unha semanalmente, inclusive a do pé. Tenho planilha de gastos no excel e a preencho todos os dias. Pedi um cartão de crédito internacional e ontem o usei pela primeira vez na vida. Sou chamada de tia no farol. E, pra fechar, meu pai gosta dos meus amigos. Reparem na sutileza de dona Mitsue, minha mãe.

- "É, os amigos da Daniela são sérios, gente com objetivo de vida. Não um monte de gente desmiolada"
- "Também, Hilton, eles estão quase passando dos trinta!"

Superando um degrau

* Hoje, uma pessoa foi transferida da categoria FAMÍLIA do meu messenger para INDEFINIDOS. E foi bom. Já devia ter feito isso há mais tempo. Ô mania de deixar coisa velha empoeirando.

* Tô ficando atrasadinha. Vamos atualizar. Nem fui ao show do U2. Tomei o cano federal. :) Mas já aceitei o pedido de desculpas e otras cositas mas.

* Tenho mania de me sabotar. Nesta luta, tenho contado com a ajuda da sempre presente Tereza Cândida, quem me proíbe de usar as expressões "antiquado", "defeito" e "ele é devagar".

* Outra resolução de 2006 que tenho cumprido direitinho: ficar perto das pessoas queridas. Em menos de dois meses, fui três vezes para a praia com meus amigos amados amantes.

* Não fumo há dois meses e dois dias.