Podia começar este post de várias maneiras. As duas últimas semanas foram infernais (ou teriam sido o paraíso?). Mas escolhi falar rapidamente de um único assunto: meu irmão.
Esse aí embaixo é o cara mais bacana da face da Terra. E nem vou dizer que "sou suspeita pra falar" porque, na verdade, como toda pessoa idiota (e eu sou uma delas), não tinha enxergado o que estava bem debaixo do meu nariz.
Comecei a escrever um testemunho no Orkut dele em 2004. Cada um em um país diferente, morrendo de saudade de casa. Ele no Japão, eu no Canadá. Escrevi, escrevi, escrevi. Ah, e chorei muito também. Só que a merda deu pau e perdi tudo. Sabe quando você perde o tesão de recomeçar? Pois é. Depois daquelas dezenas de palavras que se perderam, resolvi falar tudo pra ele por telefone. Hoje, revendo seu profile, percebi que um ano se passou e eu ainda não tive coragem de reescrever um testemunho pra uma das pessoas mais importantes da minha vida. Voltando às palavras de 2004, meu melhor amigo sempre esteve a alguns passos de mim e eu não sabia. Só estávamos separados por uma parede, mas minha intransigência (ou seria só um abismo criado pela diferença de idade?) não me permitia enxergar.
Um dia eu o fiz chorar. Com toda a minha grosseria, gritei com ele por causa de um problema no computador. Lembro da dor cortante em minha garganta ao vê-lo comentar com minha mãe sobre o que tinha acontecido. Ele estava soluçando e a única vontade que eu tinha era a de colocá-lo no colo, assim como fiz em seu batizado, vinte e três anos atrás (aliás, é sempre essa imagem que me vem à cabeça quando sinto que ele precisa de mim).
E, ah, como eu sinto orgulho deste moleque. Quem o conhece sabe bem do que estou falando. E ele se tornou um homem lindo, bacana, sincero e guerreiro. Até bom gosto pra música ele tem! E pra completar a virada de seus vinte e três anos (seu aniversário foi no último dia 25) e a entrada de dois mil e seis, este garoto acaba de fechar mais um ciclo em sua vida: depois de um ano e meio no Japão, segue para a Austrália para fazer o que mais sabe. VIVER!
Ah, e o colo continua aqui, sempre pronto pra ele, no momento em que ele precisar.
terça-feira, janeiro 31, 2006
O amor. (foto: ele e a namorada Madi)
terça-feira, janeiro 17, 2006
Contagem regressiva para abraçar meu irmão brasiliense. Rodrigo Abreu chegará em São Paulo dentro de algumas horas. Não vejo meu divididor de apartamento desde abril do ano passado, quando voltei para o Brasil.
Pra relembrar quem eh a figura. Meu garoto!
Elas dizem tudo. Meu final de ano, que começou no dia 18 de dezembro com uma festinha de despedida de São Paulo rumo a Pernambuco, teve de tudo: praia, mato, família, história, paraísos, descobertas, sotaque, bronze, peixe-boi, queijo de coalho, mel de engenho, carne de bode e 2,8 mil quilômetros rodados de carro. Juntamos três gerações da família (vó, pai e ieu, mais mãe e tia) e voltamos a Recife depois de 19 anos sem pisar na terrinha (meu pai nasceu lá). Só posso dizer que foi A viagem. Muita emoção. Minhas raízes, ali, expostas. Fui de encontro ao que procurei nos últimos anos: a história da minha família. Quer saber um pedacinho dela? Lampião e Maria Bonita chegaram a passar pelas terras do meu bisavô. Não é nem preciso dizer que esse será mais um ótimo ano. Pra todos nós.
As oferendas comecaram dias antes da virada. Flores jogadas na represa de Guarapiranga. Ah, foi uma festinha fechada um dia antes da viagem.
Divino. Saloa, interior de Pernambuco.
Familia reunida vendo fotos de familia na casa que meus bisavos construiram. Emocao.
Piscina natural de Porto de Galinhas. Paraiso.
Os peixes e eu. Inacreditavel.
Coroa do Aviao, Ilha de Itamaraca.
Mae Mitsue e seu bodinho.
Uma nega perdida na Ladeira da Sé, Olinda.
Essa imagem vai pra Drica. Neguinha, impossivel naum lembrar de vc depois dos surfistas de Porto de Galinhas e desses atelies de Olinda. Olha o nome do lugar!
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